terça-feira, 6 de julho de 2010

variações sobre o mesmo tema


Fazendo profundas reflexões sobre a tendência dos novos bares de São Paulo de recriar coquetéis clássicos. Na verdade não acredito que isso seja apenas uma tendência, mas sim a evolução natural da coquetelaria, sempre nos baseamos em algum coquetel clássico para desenvolver um novo, é o que eu chamo de sustentabilidade etílica. O que entendo por tendência é a maneira como são desenvolvidas as receitas: pela qualidades das bebidas utilizadas, cada vez mais temos contato com bebidas de qualidade superior. Ou ingredientes "feitos em casa", xaropes, infusões, ou exóticos... Pelo tipo de drink, o do momento é o Martini. Enfim comecei a pesquisar e desenvolver algumas receitas, mas com uma regra: nada de martinis, nenhuma razão em especial. Os primeiros dessa minha "nova tendência" foram baseados no Mojito.
Antes, uma pequena aula de coquetelaria básica, para se fazer um coquetel temos que ter: primeiro a base, o destilado ou fermentado de nossa escolha. Segundo o agente modificador, que pode mudar o teor alcoólico, a temperatura, a textura.... E, por fim o agente aromatizante, que vai dar gosto ou aroma para o coquetel. É o equilibrio desses elementos que faz um bom coquetel.

Shangai Mojito
60ml de vodka com infusão de laranja kinkan (fatiar 12 laranjas kinkan e adicionar uma garrafa de vodka, fechar e deixar durante 24 horas)
20ml de calda de açúcar (2 parte de açúcar para 1 de água)
12 folhas de hortelã
1 gomo de limão siciliano
club soda
gelo

Em um copo longo colocar o limão, o açúcar e o hortelã, macerar. Colocar o gelo e a vodka, completar com o club soda.



Alexandre

segunda-feira, 28 de junho de 2010

zimmbro: seriously drinking, outstanding services: At Nine

zimmbro: seriously drinking, outstanding services: At Nine

At Nine



Fui conhecer o At Nine na semana passada. É um cocktail bar, que fica nos jardins. Tem uma decoração bem interessante, uma carta de drinques bem extensa, não provei nenhum diferente. Sempre vou nos clássicos, é a melhor forma de testar um bar. E também, sou um pouco conservador, quase neurótico, fiquei assim depois que comecei a beber Dry Martinis.
Dry Martini, Gim Tônica, Manhattan e Old Fashion foram os escolhidos. Estavam bem feitos, só não gostei da taças, achei desproporcional e feias. Isso é uma questão de gosto. Mas o que não entendo é: gelo utilizado. Não precisa ser aquele gelo esculpido à mão que fazem no Japão, um dia vou conseguir fazer em casa. Mas, por que ninguém investe em uma boa máquina de gelo, daquele cubos maciços transparentes que demoram mais para derreter, não diluem demais o drinque. E, também, por que ninguém trabalha com um vermute italiano, tinto, doce e decente para se fazer um Manhattan??? Enfim, existe essa tendência de bares com drinques exóticos, ingredientes secretos, com um ambiente moderno. É feito um investimento alto, os drinques são caros e o básico é esquecido. Provavelmente poucos clientes percebem esses detalhes ao frequentar esses bares, por falta de informação. Para profissionais não são simples detalhes, são principios básicos de coquetelaria que qualquer barman deve saber se quiser ser um profissional diferenciado.

Alexandre