sexta-feira, 14 de agosto de 2009

relações entre uma xícara de café e um manhattan, ou como programei minhas férias





Sexta-feira é dia de tomar café e escrever no blog, estudar, ou pesquisar etc... Como a internet no Suplicy não estava funcionando direito e eu ainda não tenho uma máquina para fazer um bom espresso, apenas tomei meu curto lá para organizar as idéias e voltei para casa. Queria escrever, mas ainda precisava de alguma companhia líquida para me incentivar, foi aí que tive a idéia de preparar um Manhattan para me acompanhar. "Nada como um Manhattan para dar glamour a um começo de fim de semana". Aproveitei e fiz uma pesquisa sobre o mesmo, matando assim dois coelhos. O Manhattan é um sobrevivente dos tempos, acho que podemos defini-lo assim. A sua história não é muito clara, conta-se que foi um drink criado em um bar com mesmo nome em New York, em um jantar oferecido pela mãe de Winston Churchil a um candidato a presidência dos Estados Unidos por volta de 1870. Ou que foi desenvolvido mais ou menos nessa época por um barman chamado Black. Com certeza tem mais de cem anos. A parte mais interessante da pesquisa, e frustrante de certa forma, foi que para poder preparar o verdadeiro Manhattan, é necessário ter no bar um whisky de centeio, coisa bem difícil de encontrar em terras brasileiras; vermute decente, ou seja, no mínimo italiano, dá para comprar por aqui, não o Carpano Antica; angustura e cereja de maraschino esses dois também tem no Santa Luzia, mas se tivesse um orange bitters seria muito mais legal.
A conclusão é, para beber o verdadeiro Manhattan preciso fazer algumas viagens: Estados Unidos, para comprar whisky de centeio e orange bitters, e Itália para encontrar o Antica. As próximas férias serão muito produtivas. Bendito café!!! Organizou tudo.

Alexandre

sábado, 8 de agosto de 2009

Wilma Kövesi


Quinta feira demos o nosso primeiro curso na Escola Wilma Kövesi de cozinha, é sempre divertido dar esses cursos. Uma aula que envolve bebidas alcoólicas e pessoas interessantes não poderia ser de outra maneira. Além disso foi um grande orgulho para a Zimmbro. A Escola Wilma Kövesi tem quase trinta anos de tradição em cursos voltados a culinária e foi a primeira vez que abriu as portas para um curso de bebidas. Por isso, queremos agradecer aos participantes e, principalmente, à Betty por receber a Zimmbro tão bem. Esse trabalho foi realmente especial.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Ketel One


Semana passada participei do lançamento aqui em São Paulo de uma nova vodka no mercado nacional, a Ketel One. A família Nolet destila a Ketel One há mais de 300 anos na Holanda, a receita é muito bem guardada e sua produção é acompanhada de perto, todo lote produzido ainda é degustado por um membro da família para aprovação do produto final, garantindo assim, a alta qualidade. Ketel One significa alambique número Um, e faz menção ao primeiro alambique utilizado na produção dessa vodka e ainda está em funcionamento, junto com outros mais modernos. O que mais gostei, além da vodka é claro, foi a palestra do brand embassador da marca, o senhor Jason. Mudou o meu conceito sobre vodka, nada como aprender um pouco de história...
A vodka é um dos primeiros destilados criados. A Ketel One, assim como algumas outras vodkas passa por dois processos de destilação: a primeira parte, o alambique de coluna, que deixa o destilado o mais neutro possível, e depois uma última destilação em alambique de cobre, que dá algumas características de aroma, sabor e corpo. Para mim, vodka deveria ser um destilado sem gosto, aroma, cor... enfim, neutro. Mas vendo um pouco da história da vodka, não era bem assim. Quando foi desenvolvida, mais ou menos no século XV, não existia o método de produção por coluna, apenas o alambique de cobre, então, o destilado não tinha como ser completamente neutro. Portanto, dependendo da matéria prima utilizada e da receita, cada vodka produzida tinha características próprias da família ou produtor. Com o desenvolvimento dos processos industriais de produção, mudou-se radicalmente o método de produção da vodka e suas características, e também a tradição, agora a vodka é neutra: sem sabor, sem aroma e sem cor.
É importante ressaltar que isso não implica na qualidade das vodkas. Tanto o alambique de cobre quanto o de coluna podem produzir vodkas de altíssima qualidade assim como verdadeiros venenos, a questão também é o gosto de cada um.
Em uma degustação comparativa com outras vodkas, a Ketel One realmente mostrou-se um produto diferenciado, tanto no aroma quanto no sabor, quanto a cor, a vodka sempre foi transparente. Preciso fazer mais testes com coquetéis, os que eu provei eu gostei também. Enfim, é um produto extremamente bem feito, da embalagem ao líquido.

Alexandre

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Drink de cachaça na Four Seasons magazine

















No começo do ano a cachaça Cabana me convidou, junto com outros barmen de São Paulo, para criar dois coquetéis a base de cachaça, um de verão e outro de inverno. Foi para a revista do hotel Four Seasons, boa oportunidade para internacionalizar a empresa e o barman, afinal é uma cadeia de hotéis internacional de altíssimo nível, é uma satisfação pessoal e profissional. Fui o único barman do Brasil a participar da matéria, e o mais incrível, não erraram o meu sobrenome.O coquetel de verão foi baseado no mojito, usei morango, hortelã, manjericão, suco de laranja e cachaça; e o de inverno foi feito com café, baileys e cachaça. A cachaça Cabana representa um novo estilo do nosso destilado nacional, o que se procura agora é dar, de certa forma, uma nova cara para a tradicional pinga. Principalmente para um mercado mais selecionado, que consome mais vodka e também o mercado externo. A idéia é deixar a cachaça mais suave, com menos características tradicionais e aproximá-la da vodka, que é neutra. Para se obter essas características de neutralidade destila-se mais vezes, ou filtra-se mais e não passa por envelhecimento em madeira por exemplo. Os mais tradicionalistas torcem o nariz para esse "novo estilo", mas se houver uma preocupação quanto à matéria prima utilizada e também ao método de destilação para a produção de um álcool de alta qualidade, obtem-se um produto final de alta qualidade e muito bom para ser utilizado como base de coquetéis (outros além da caipirinha) que funcionam muito bem como porta de entrada para se conhecer destilados e desmistificá-los. E, naturalmente aprender a degustá-los e por consequência uma procura pela essência da cachaça, que só as tradicionais (claro que não estamos falando de 51, velho barreiro...) podem oferecer, aí os puritanos voltam a sorrir.

Alexandre

domingo, 28 de junho de 2009

Final de semana da pesada

Deixei acumular algumas tarefas para esse final de semana, que já tinha uma festa junina marcada. Mas, não podia esperar mais para conhecer o novo bar do Astor, o Sub Astor. E também passar no Ritz para dar uma avaliada no bar.
Nem foi tão ruim assim, avaliar bares, restaurantes e bebidas pode realmente ser uma tarefa muito prazeirosa. E o melhor, as vezes podemos fazer isso com os amigos, ai é que o trabalho realmente vira diversão.
Sexta feira estava ansioso, finalmente iria conhecer o novo bar do Astor, o Sub Astor. Eu e mais cinco belas garotas, tenho muita sorte mesmo. O pessoal não está para brincadeira, fizeram uma reforma na parte de baixo do Astor, transformando em um bar estilo "speakeasy" -tipo de bar clandestino comum durante a lei seca nos Estados Unidos. Muito bonito, bela decoração, música boa, confortável e a equipe muito simpática e atenciosa. A carta é extensa: os clássicos de sempre, dry martini, manhatan; drinques bem antigos como o martinez, o pai do dry martini; drinques modernos fazendo releituras de clássicos, é o caso do bloody mary com caviar de vodka e gim; e, também clássicos nacionais como bombeirinho, maria mole... enfim, para todos os gostos. Claro que não teria como experimentar todos em uma única vez. Elegemos alguns e começamos a árdua tarefa: o primeiro foi dry martini, muito bem feito, minha única reclamação é sobre a taça utilizada, poderia ser uma mais bonita, talvez seja eu, tenho quase obsessão por copos assim como o gelo; depois fomos para o collins de luxe, coisa fina, uma mistura de grapefruit com limão siciliano o gim e espumante, fantástico!!! o seguinte foi o bombeirinho, cachaça, suco de laranja e grenadine achamos que estava um pouco doce; após, migramos para o manhatan, boa receita, talvez um pouco menos de vermute, mas muito bom mesmo assim. Em seguida fomos para o martinez, gim, vermute e licor de cereja, achei muito interessante. Por fim, provamos a margarita com espuma de cointreau e limão, seguindo tendência da gastronomia molecular, desse último, preciso de uma segunda opinião, achei que a espuma estava com gosto muito acentuado do limão. Obviamente terei que ir mais vezes lá para provar outros drinques e beber de novo alguns para tirar maiores conclusões. De qualquer a maneira, a primeira impressão não poderia ter sido melhor, todos foram unânimes em afirmar que o bar é muito bom e que precisamos voltar.
Há algum tempo atrás, fiz um treinamento para o bar dos dois Ritz, para quem não conhece, o melhor hambúrguer de São Paulo. Então, achei que era hora de ir ver na prática o resultado. Dessa vez fomos, eu e a Dridri, minha querida, para o Ritz da Franca, adoro aquele restaurante. É um sobrado antigo muito charmoso com uma bela vitrine, sempre com uma decoração diferente. Sem perder tempo já pedimos dois drinques, um manhatan e um cosmopolitan. O manhatan estava com o vermute sobressaindo um pouco, mas o cosmo, estava ótimo, quando feito com a Absolut Citron, fica muito melhor que com vodkas neutras. Depois fomos para o martini de melancia, com Absolut Vanilla, é muito bom, sem palavras. Por fim pedimos um mojito, também muito bem executado. A comida estava ótima, como sempre. Terei que voltar para provar os outros drinques, é claro.
Bom, foi um final de semana intenso, e no domingo ainda teve a festa junina. Porém muito proveitoso, os dois bares visitados são muito recomendados, pela autenticidade e qualidade oferecidas.

Alexandre

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Na dúvida, peça um gim tônica

Finalmente tomei vergonha na cara e resolvi escrever um texto para o blog da Zimmbro.
Então, para começar, nada muito complicado. Em relação a coquetelaria algo não complicado, sem dúvida nenhuma, é um gim tônica. "Nada melhor em uma tarde quente de verão do que um gim tônica para matar a sede e refrescar a alma". Posso afirmar com certeza absoluta, que a mistura entre o gim, a água tônica, gelo e uma fatia de limão em um copo longo decente é um porto seguro para aqueles que realmente sabem apreciar um coquetel. Por que? Como já disse antes, ele é simples de ser feito. Não tem erro? Claro que tem!!! Mas é fácil de corrigir.
O que eu gosto em um gim tônica além de degustá-lo, é a sua história: os soldados ingleses em campanha na Índia, para tratamento da malaria, tomavam um tônico a base de quinino, um alcalóide com gosto amargo e funções medicinais, por ter as características gustativas já mencionadas, era adicionado o gim para deixá-lo mas palatável.
Para saber se um gim tônica está bem feito ou não aqui vão algumas dicas: o copo deve estar com bastante gelo, pedras médias e grandes, nada de gelo picado (discutiremos mais sobre o gelo em próximas postagens); sobre o gim, obviamente um gim importado, nada contra a indústria nacional, mas no quesito gim.... pelo amor de Deus!!! no copo com gelo, colocar gim até um dedo abaixo da metade; completar com água tônica e uma fatia de limão. Pode até espremer um pouco de limão, fica a gosto do bebedor.Simples não???Na próxima vez que forem a um bar e ficarem receosos quanto ao que pedir, não exite!!!! Na dúvida, peça um gim tônica.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

curso de coquetelaria na escola wilma kövesi

No dia 6 de agosto das 19 até as 22 h, realizaremos um curso básico de coquetelaria no escola de culinária Wilma Kövesi.
Em uma aula com teoria e prática, abordaremos princípios básicos de produção das bebidas e coquetelaria. Para quem se interessa em conhecer o mundo das bebidas é uma boa oportunidade para se iniciar. Para maiores informações www.wkcozinha.com.br.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

apresentação

A Zimmbro é uma empresa criada por apaixonados pelo mundo dos bares e restaurantes. Especializada em ressaltar a seriedade por trás do prazer da comida, da bebida e do ritual de atender bem e encantar, a empresa presta suporte para bares e restaurantes, além de proporcionar cursos e degustações para grupos e eventos exclusivos.Ao contrário do que se pode pensar, entender o universo da bebida, da comida e do serviço, ressalta o prazer proporcionado pelo momento e potencializa seu aproveitamento na estruturação de um negócio, influenciando a fidelização de seus clientes, a continuidade do negócio e o seu faturamento.


Ana Paula Montesso era dançarina de sapateado. Formou-se publicitária pela ESPM em São Paulo, mas estava tão acostumada a bater os pés que foi parar em Londres para um retiro espiritual. Lá conheceu o mundo dos bares e restaurantes e foi hipnotizada por este universo. Voltou a São Paulo e mergulhou no Restaurante Spot onde passou por quase tudo o que havia e seguiu criando o que não existia ainda. Acumulando cursos e palestras nas áreas de bebidas e serviço, tornou-se gerente geral do restaurante e responsável, por quase dez anos, pela formação dos profissionais e pela estratégia logística do lugar. Hoje é diretora da Zimmbro e exibe entre seus clientes, além do próprio Spot, nomes como Obá, Romã Produções Gastronômicas, Ritz, Restaurante Chou; O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo e Gardênia.


Alexandre D’Agostino é bacharel em esportes, mas sua verdadeira vocação passa longe de fazer os outros suarem a camisa. Indicado pela Revista Veja São Paulo como o “Barman do Ano 2005”, é atrás de uma coqueteleira que ele se encanta, e encanta a todos. Foi trabalhando no bar do Restaurante Spot, um dos ícones da vida paulistana, que Alexandre se apaixonou pelos mistérios e magias da coquetelaria. Resolveu levar a paixão a sério. Com formação na ABB (Associação Brasileira de Barman), IBA (International Bartenders Association) e diferentes cursos sobre vinhos, bebidas e charutos; Alexandre é o responsável por formar garçons e barmen no restaurante. Pra justificar o brinde, foi vice-campeão do III Concurso Diageo de Drinks de Luxo e campeão do I Concurso de Drinks Cachaça da Tulha. Na Zimmbro, Ale garante a qualidade dos bares e dos profissionais nos estabelecimentos com os quais trabalham, além de esquentar os copos em festas que se tornam verdadeiros rituais de veneração aos drinks.